"Porque a vida não é um conto de fadas e sim, um conto de fatos."

O Brasil da impunidade


E não é difícil adivinhar onde está estacado esse Brasil. Com a onda de escândalos envolvendo o Congresso, só neste ano, o sentimento de revolta da sociedade ganhou uma probabilidade ainda maior. E pensamos: “Até onde irá tudo isso? A corrupção é mesmo insaciável e indomável?”. Seriam boas perguntas se os meios mais eficazes para solucionar os problemas, não deixassem a desejar.
Uma política onde o decoro é nitidamente ignorado, onde o Conselho de Ética quase não aparece exercendo suas funções (pois, quase sempre de nada adianta), uma política onde ninguém assume as responsabilidades, uma política onde não fazem praticamente coisa alguma, senão, viverem ilicitamente numa boa.
E enquanto presos têm sido detidos além da pena cumprida, o Judiciário parece acobertar os principais criminosos, amenizando e conformando com esse caos político. Um total desrespeito humano! Ou como diria uma personagem de novela: “É a treva!” Se fôssemos analisar quantos escândalos políticos foram absurdamente arquivados nos últimos anos, nos frustraríamos. Cito, brevemente, dois dos que eu jamais me esquecerei.
O caso Renan Calheiros é um deles. O mais relevante do ano de 2007 e que mesmo com tantas acusações, só culminou sua renúncia à presidência do Senado, não houve cassação do mandato. A propósito, ele ainda está lá.
Outro mais recente é o caso do deputado do castelo. O “rei” do castelo de 25 milhões, Edmar Moreira, encontra-se impune até hoje, nem uma pena mais amena (para disfarçar) lhe foi aplicada.
E mais um “escândalo engavetado” está óbvio: Sarneygate. Sem cassação, sem renúncia, sem prisão, sem punição... Sem vergonha na cara! Parece muito viável: depois de todas as atitudes explicitamente fraudulentas, são cassados, renunciam ou não acontece nada. É a treva!
E como de costume, surgiu uma recente explicação para tantos atos irregulares (que de secretos não têm nada). Um peemedebista que vaga por aqueles lados aponta como causa, o fato da representação arcaica dos que ali estão, pois segundo ele, são da época do telefone. Será que essa tese o inclui? Só para constar: este político também esteve envolvido em algumas irregularidades no Parlamento.
Mas, se de fato esse é um dos principais problemas... Que tal uma inovação? Vamos colocar no Congresso Nacional gente da época do iPhone e que como requisito básico saibam criar softwares. Ora, alguém tem que honrar o “Ordem e Progresso” da nossa bandeira! Ou mais uma vez, vamos deixar tudo como está. Onde a punição cai inteiramente sobre nós, os brasileirinhos inconformados. O que só aumenta a confirmação do nosso analfabetismo político e/ou a de que estamos politicamente alienados. Há outra explicação?!

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"Nunca satisfarei a todos e eu nem quero! Os célebres pensadores sempre foram criticados e nem por isso deixaram de contribuir para a inteligência e conhecimento humanos." (Carol Aleixo)