A partir da constrangedora discussão entre renomados ministros do STF, ocorrida no último dia 22 de abril, nos faz surgir reflexões a respeito da autenticidade e responsabilidade de nossos representantes no Judiciário. Até onde vai o bom senso das autoridades jurídicas que representam nosso País? Quem cobra esse bom senso e seriedade do terceiro e mais alto poder?
São eles: Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes (presidente do STF), os responsáveis pelo decaimento do solene cenário do Supremo Tribunal Federal. Ambos, personalidades da Justiça brasileira, que transpareceram seu conflito pessoal em plena sessão do Supremo, em que se debatia ação sobre o pagamento de aposentadoria da previdência pública a funcionários de cartórios do Paraná. O Brasil pode assistir e enlear-se com as alfinetadas e acusações feitas um ao outro, com direito a replay nos noticiários e demais programas televisivos.
Oito ministros- entre eles Cezar Peluso, Carlos Alberto Direito e Eros Grau-
reuniram-se a fim de tomar alguma providência sobre o ocorrido, uma nota-censura à Barbosa fora cogitada, mas, não concretizada. Sem nenhuma impunidade e apenas um:
“lamentamos pelo ocorrido”, as coisas parecem ter voltado à perfeita habitualidade.
Diante deste vergonhoso fato, mais uma vez, vem à tona a preocupação de “a quantas andam” os que estão à frente dos altos escalões do País... É constatado que não é a primeira vez que acontecem discussões nas sessões plenárias, e certamente, não será a última. Ordem no Tribunal! Para que se faça jus à reputação ilibada dos que compõe o STF, e para que o Poder Judiciário possa exercer fielmente suas funções.