"Porque a vida não é um conto de fadas e sim, um conto de fatos."

Aonde foram as crianças?

Houve uma época em que as viam em ruas brincando de pular corda e amarelinha. Outras saíam em turmas para brincar de pique esconde e bandeirinha estourada. Piqueniques eram tão comuns nos parques da cidade... Desenhos animados como Caverna do Dragão, Capitão Planeta, He-Man, sem contar os animes que passavam na Manchete, faziam a alegria de várias delas. 
E para onde essas crianças foram?
Nesse tempo as bibliotecas e centros de pesquisa viviam cheios de gente, os estudos eram mais consistentes, as pessoas demonstravam uma intelectualidade mais crítica e as correspondências postais estreitavam a distância entre os amigos e os familiares. Nessa mesma época, crianças brincavam na rua enquanto os pais assistiam ao telejornal à espera delas para o jantar.
Para onde foram essas crianças?
Éramos nós, dos anos 90...
Muitos se dedicam aos estudos e buscam sucesso na carreira profissional, já outros foram precoces no trabalho, deram prioridade a ele antes mesmo dos estudos. Mas acredito que a maioria esteja satisfeita com o que foi vivido. E concordo quando dizem que os anos 90 foram a última infância.
Passou tão rápido, mas foi tão divertido!
E é triste ver que as crianças de hoje têm “amadurecido” rápido demais. Trocaram todas aquelas brincadeiras saudáveis pela tela do computador, pelas redes sociais. O progresso talvez, realmente, tem contribuído.
São horas e horas na frente de um computador, têm como ídolos os “Colírios da Capricho” ou são fissuradas pela saga Crepúsculo, parecem viver por isso. E pior são aquelas que estão nas filas das casas noturnas, menores, com um copo de Marguerita em mãos.
Isso diz respeito às de classe média à alta, do outro lado da situação, estão aquelas à mercê do mundo da criminalidade. Em uma entrevista, uma garota de 14 anos, envolvida em um homicídio na cidade de Uberlândia (MG), disse ao repórter: “Ajudei [na morte] e faço quantas vezes forem necessárias”. 
E se a tendência é piorar, sinto muito medo e uma grande tristeza de ver em que ponto as coisas chegaram. A educação pode ser outro fator contribuinte. Quando se trata da “massa corpórea” a alimentação e os transgênicos? Quem sabe! É estranho ver uma garotinha de treze anos com o corpo de uma de vinte.
Assim é o perfil das “crianças” do século XXI: negam a infância, desconhecem que o ser humano passa por um ciclo vital onde as etapas deveriam ser compreendidas e, no mínimo, respeitadas.



Imagino essas pessoas em sua fase adulta, sem muitos anseios, quase nada de expectativa de vida. Viveram antes o que deveriam viver naquele momento e agora? O que resta? Que Deus tenha piedade de nossas futuras gerações e que nós, continuemos rezando por nossas crianças. Ainda deve haver um jeito... Uma solução... Menos progresso... Sei lá! Quem souber que me avise. Enquanto isso permanecerei aliada à sábia Dona Esperança.





3 comentários:

Felipe disse...

Concordo com você em vários aspectos, apesar de te achar nova para fazer uma crítica tão séria quanto ao mundo infantil. As mudanças ocorrem, de uma geração para outra, e sempre foi assim. Talvez o diferencial, hoje em dia, seja mesmo a tecnologia, que como um instrumento nas mãos de crianças e adolescentes, tenha transformado o cotidiano de todos numa sociedade que alguns acreditam ser "pós-moderna"...

D'Arc Aleixo Artesanato disse...

Tá certo, que a nova geração de agora, tem outros atrativos que talvez você não tinha na sua infância,(ou talvez até tinha)...mas a diferença está nos valores que as crianças do século XX, conheceram,antes mesmo de ter acesso a tantas novidades do mundo moderno.Mas podemos mudar o futuro de nossas crianças sim...Pai ser pai de verdade, Mãe ser mãe de verdade...isto é: exercer sua autoridade sobre os filhos, com amor e dignidade, ensinando-lhes os valores reais da vida,ainda que seja nos poucos minuto que tem com seus filhos...no colo e com muito carinho e afeto.Bjos

Hismênia Keller disse...

Adorei o texto! Conseguiu expressar tudo o que eu penso sobre essas crianças que não sabem o que é brincar de amarelinha, pique-esconde, pega-pega e por aí vai...
Acho que falta, por parte dos pais, consciência e saber impor limites, pois vêem na internet uma ferramenta para deixarem os filhos "ocupados" e assim podem ter mais tempos para eles mesmos...
Assim, a coitada da criança passa horas e horas na internet e esquece do mundo...dos pais..e o mesmo acontece com os pais que acreditam que filho está bem e feliz com o novo joguinho online ou do PS3....

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"Nunca satisfarei a todos e eu nem quero! Os célebres pensadores sempre foram criticados e nem por isso deixaram de contribuir para a inteligência e conhecimento humanos." (Carol Aleixo)